Uma saudade boa!

Caminhos por onde andei
que Lamartine cantou,
que o Telé me recorda e Vinicius me mostra.
Seja como for, fui,
fui como quem vai só,
só brinquei nas Araras,
nas Furnas nadei,
nos bares bebi e algumas namorei.
Ah, Nemerso que saudades senti hoje!

Imagens do Coração.

Prá quem sai da terra natal,
grava no coração
algumas imagens que
lhe alenta o coração
nas horas de aflição,
alguns tem santos outros uma oração,
não quero fazer pouco
até prá quem tem amuleto ou paduá,
não,
mas nada disso tem valor,
se na hora da dor,
na hora que o caboclo tem de provar seu valor,
não tem no seu emborná,
a gratidão.

Juarez, o que você perdeu!

Cidra, "quejo", mandioca e carne de panela,
causos e estórias do Zuza, que daria um livro,
biscoito de povilho e doce de abóbora,
claro que para o Dalbinho, esquecido
inadivertidamente no forno, atrás da frigideira
de óleo, alí, como que sem intenção,
junto as sobras do almoço, por mais esfarrapadas
que sejam as desculpas:
um frasco de doce de leite.

Insustentável leveza do ser

Tricodar
brincar com as linhas
num emaranhado de idas e vindas
bordamos flanelas e panos de prato,
com a tira colorida da prosa
e fiapos de tempo.
Seja franco:
complicamos a vida.

O espírito sorri!

Sorrimos da vida,
às vezes são tão francos,
que a ocular registra,
transcende a física
de alguma maneira,
impressões do espírito.

Depois a matula!!!!!

Posta a mesa se pergunta o óbvio,

maravilhados nossos olhos se enchem dágua,

primeiro a goiabada, depois o figo, depois o '"quejofresco'", não

primeiro a cidra, depois o figo, depois a goiabada, nãããoooo,

primeiro o '"quejofresco'", a cidra, a goiabada e o figo, com calda.

Depois a matula.

Comer uma feijoada e ficar de bate-papo.

Com uma habilidade comparável somente aos antigos Ninjas, manipulava sua adaga de tal forma que, ao menos desavisado, pareceria inacreditável. Com uma paciência surpreendente saía de suas mãos, formas jamais vista, que nos remetia aos mais remotas lembranças do tempo que só a tia Dininha sabia fazer:picar uma couve.

Rapa de Angú!

Ferro forjado a fogo
que abriga aquilo que sai das tetas
no fundo de suas entranhas
grudados nas suas paredes
o resultado das rodas de pedra
com a semente amarela.