Somos pequenos diante de tão fartos seios,
ainda que secos nos nutre como que ao recém nascido.
No seu colo ainda somos inexperientes,
e nele buscamos o que ainda nos falta.
Nele os problemas são pequenos e fáceis de
resolver, ficamos maiores e mais fortes.
Nos deleitamos com sua generosidade e qual fonte
que nunca seca extraimos dele a água que nos mata de sede.
No colo de minha Mãe, sou poeta, sou cantor, faço rima
de qualquer dor.
No colo de minha Mãe, sou embalado com qualquer canção
e durmo qual principe de paradísacos castelos.
Nele sonho com o "éden das crianças boas" e por alguns
instantes recordo da criança que fui.
Hoje, já não durno no colo de minha Mãe,
já não tenho seu embalo, sua quentura, seu aconchego.
Hoje, seco, sem rima, durmo só.
Nenhum comentário:
Postar um comentário