sexta-feira, junho 25, 2010

O velho Cancioneiro.















Numa tarde de domingo, desta que parece em que o tempo pára,
um calor infernal, até o ar era pesado.
Na praça, debaixo da árvore de paina a matilha
busca na sombra um instante de refresco.
O cavalo, ainda atrelado, refuga o cansaço
da estrada.
O velho senta no canto do bar e com um gesto
é atendido de pronto pelo garoto, que parecendo
ler seus pensamentos em silencio lhe tras a cachaça.
Acende o cachimbo e com o olhar entreaberto por
causa da fumaça, ve por entre as portas a pequena
praça, aonde certamente tem muito de sua vida.
Após um gole, ainda com expressão serena balbucia
o que parecia ser uma canção, alguma coisa de uma rosa para
a morena...,
Por alguns instantes acho que só eu vi, no canto dos lábios,
um sorriso maroto, não durou mais que o suficiente, logo
seu sembrante parecia recobrar seu dia e o duro trabalho que
ainda tinha por fazer.
Ele percebeu que eu o olhava,
gentilmente gesticula a mão com o copo
me oferecendo um gole.
- toma, vai de refrescar, me oferecendo meio copo.
o cheiro de alcool tomou conta do lugar, sem como
negar, virei de uma vez só. Senti como se tivesse engolido
fogo, desceu queimando, senti uma necessidade enorme de
respirar, a garganta era pequena para os meus pulmões.
tossi feito um louco, sem tempo de me sentir constrangido.
Senti nas costas os tapas que tentavam me aliviar do tremendo
sufoco pela falta de ar.
Refeito do susto, percebi que ele ria, como quem ria pelo mundo,
caminhando em direção ao cavalo, numa destreza que não
correspondia a sua idade, montou e com um assovio pois a matilha de
pé, que sem demora tomou a frente latindo atendendo ao chamado do
seu dono.
Por vez ou outra eu tinha notícias de sua passagem por aquelas bandas
com seu cavalo e a matilha.
O dono do bar disse que ele sempre perguntava pelo garoto que certa
vez ele ofereceu um gole de pinga e que por alguns instante achou
que ia morrer de tanto tossir e saia rindo recordando da travessura
que aprontara.















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Não sinto saudades de 7 lagoas!




















Nas águas do tempo singro minha sina,
imagens, lembranças e saudades.
Cadê Drumond que não está aqui
para falar de minha vida?,
em poemas que transcende a alma,
e arrancam dela sua mais pura sede.
Essa sede de vida que me sufoca a ser
vivida.
Deixo para trás brincadeiras e namoros
na praça Martiniano, com meninas moças e rapazes comportados.
Prefiro o mar que me desafia,
que me prova a vida, do que lagoas, paradas, quietas, podres.
Salga minha pele, seca minha boca,
que sede de viver.
Abram as velas, que venham os ventos,
quero voar sobre as águas,
dobrar a ondas, quebrar o leme,
arrebentar as escôtas, desafiar
a vida.
Cadê o poeta para me arrancar estas
palavras que não traduzem?


Dedico estas palavras a um primo que
preferiu viver e o outro não.






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terça-feira, junho 22, 2010

Uma sucessão de seres...




















Cara, coroa, dou me dando conta que a minha próxima
fase é a terceira idade, preciso correr, tenho muita coisa
ainda por fazer, vai saber o que o Heron de amanha vai
querer ser.
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segunda-feira, junho 07, 2010

Quem diria?

 
Quem diria?
Que um dia o meu vizinho de muro seria um Votorantin?
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Rogério, Ana e Vitor

Alguns momentos são muito especiais!
Poder retribuir aos amigos gentilezas
e atenções nos fazem sentir que a vida
vale a pena ser vivida.
Me foi muito grato poder leva-los a
passear na represa, espero que não falte
oportunidades, será que a Mariane vai
gostar?

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Patagonia

E então iniciamos o projeto Patagonia. Um movimento de gratidão a um garoto que na sua infância se propôs a um dia ir lá, sem se dar conta d...