Fotografando a alma.

Rascunho os extremos

parece mais fácil ve-los,

principalmente dos outros.

Palavreando

Tenho twitado alguns pensamentos

como que filosofando,

com 140 caracteres.

As vezes é bom,

mas será que meus pensamentos

também encurtaram?

Tuin

De seu canto

minhas lágrimas.

Se não alças vôo

porque tens a alma presa.

De seu canto

meus recantos.

Trinas as dores da alma

ou dos limites de suas asas?

Não te faltas nada ou ainda

reclama com seus cantos os recantos

que não conheces?

Liberte suas asas e pare de reclamar com

seus cantos as dores de minha alma.

Vovó!!!!

Não é a cara do pai?

No colo de minha Mãe!

Somos pequenos diante de tão fartos seios,

ainda que secos nos nutre como que ao recém nascido.

No seu colo ainda somos inexperientes,

e nele buscamos o que ainda nos falta.

Nele os problemas são pequenos e fáceis de

resolver, ficamos maiores e mais fortes.

Nos deleitamos com sua generosidade e qual fonte

que nunca seca extraimos dele a água que nos mata de sede.

No colo de minha Mãe, sou poeta, sou cantor, faço rima

de qualquer dor.

No colo de minha Mãe, sou embalado com qualquer canção

e durmo qual principe de paradísacos castelos.

Nele sonho com o "éden das crianças boas" e por alguns

instantes recordo da criança que fui.

Hoje, já não durno no colo de minha Mãe,

já não tenho seu embalo, sua quentura, seu aconchego.

Hoje, seco, sem rima, durmo só.

80 anos - Congresso Internacional de Logosofia - Brasília - Agosto de 2010

Uma nova forma de viver e conceber a vida!

Uma homenagem de Gratidão ao Mestre Raumsol pelos

80 anos de criação da Fundação Logosófica!

Três marujos!!!

os três marujos,

não se acham nas cinzas de cimento,

nem nas montanhas de minas, as gerais,

nem das terras rasgadas do interior paulista,

marujos são amantes de portos,

de mulheres, de mares, de luas...

navegam por afetos,

por vistas, por terras ao largo.

Se vendem por um gole de rum,

um pedaço de charuto e claro,

velas ao vento.

Bugueano no Mangue Seco.

Para ver melhor clique na foto que ela aumenta de tamanho.

O que se ve é a perícia do Capitão Tonho e a loucura de um bugueiro.

No meio da travessia pegamos chuva, o capitão mais que rapidamente

liga a bomba dágua, claro que atento aos movimentos registrei

o nervoso do dono da caranca que faz um "Joia" muito sem graça

não acreditando na loucura que havia se metido, não é que deu certo.

O pessoal da Refeno não vai acreditar no Bugue anfíbio do Patto Mineiro.

Vou sentir saudades de Mangue Seco.

O que falar?

Venham para cá!

Ana, Clara, Edinho, Natalia e Mary!

Bugueamos por Mangue Seco,

faltou sol, choveu muito, a cerveja era choca,

e o lugar era horrível, ainda com inveja?

Sai de mim olho gordo.

Margeando a vida!

Margeando o rio

me pergunto das venturas

que é viver.

Um lugar bão de morrer!

Um lugar bão de morrer,

Viver até morrer,

Mangue Seco é um lugar bão,

bão de morrer.

Se algum dia tiverem dúvida

do que fazer com minha ossada,

deixo aqui meu testamento,

me joguem no mangue

e não olhem por onde caem,

deixa lá, se desfazendo nas areias

voltando de onde veio, deste lugar bão,

bão de viver.

Colagens

Retalhamos alguns momentos de mangue seco,

todos muito especiais.

Nas dunas, na beira mar, nas vielas,

bugueano ou cervejando,

Colagens retidas no afeto,

jamais são esquecidas.

Quero fumar na Praia do Saco!

De saco cheio das vistas que vejo,

dos cinzas de cimento,

dos benditos motoboys,

cruzo este santo todos os dias.

Quero fumar no saco,

desenhar esculturas de nuvens,

sujar as cuecas de areia.

Só ter uma sunga no armário e,

no máximo, uma camiseta...

pras noites de lua.

Xingó!!!

Xingó, no rio São Francisco,

Que passeio,

não sabia que o sertão era tão lindo.

Passagem da saudade.

me amarga a saudade,

é como dar as costas para a vida

que se quer viver e não sei quê?,

não vive.

como se a dor que se sente

lhe recordasse como dor de dente,

olha eu aqui, olha eu aqui, olha eu aqui.

perambulo pelas praias de Aracaju,

arrastando minh'alma,

na passagem das horas

vejo as ondas, ondas, ondas

me recordando a saudade que tenho.

Carinhando.

Carinhando por Aracaju,

comi camarão e muqueca,

na companhia de uma

moleca soltamos tartarugas...

Na casa dos doutores,

nos sentimos até mais

sábios, aprendemos sobre o afeto,

apesar da distancia, só fortalece.

No final de ano queremos

recebe-los e festejar nas garoas de sampa

as velas mineiras de mais um ano.

Bugueano!

No tapete de areia como que mágico,

embarcamos no submarino amarelo,

bugueano entre marés,

fomos atrás dos cajus e araras.

Primazia

Foi uma grande alegria reencontra-los no paraiso.

Que voces tenham um acesso de loucura e venham

para o inferno e vejam a loucura que é isso aqui,

vale a experiencia.

Claridade

Dentre tantas que amei,
que meus olhos insistem em te ver,
nos ares poluidos de sampa,
nas represas que nem chegam aos seus pés,
Clarinha em mangue seco,
será a minha musa,
idolatrada rainha
de um sonho, que
ainda será meu.

Aniversário!

Hoje é meu meu aniversário

e eu gostaria de ganhar de presente

estar com meus amigos, os que estão

longe, o que o tempo levou, os que não

estão mais aqui.

Hoje é meu aniversário e gostaria de ganhar

um beijo apaixonado da minha mulher e uma abraço

apertado de minha filha.

Que meu cachorro pule no meu colo e só queira um afago.

Que meus irmãos se lembrem e liguem para mim, só para dizer um

feliz aniversário.

Que minhas sobrinhas me pentelhem, dizendo que estou mais velho mas,

que se lembrem, que hoje é meu aniversário.

Meus queridos primos, alguns mais pertos outros mais longe, que se lembraram

que se esqueceram mas eu, recordarei deles, que hoje é meu aniversário.

Aos agregados da familia, que aprendemos a amar que com certeza

não se lembraram, mas tudo bem; (continuo a gostar deles mesmo assim).

A minha querida Mãe, essa lembrará, vai me ligar e dizer: feliz anversário.

Meus queridos tios também, alguns vão se lembrar ou talvez não e mesmo que

não liguem, hoje é meu aniversário.

Espero que no ano que vem

reunir mais,

ve-los mais,

recordá-los mais,

para agradecer mais ao Criador

pelo dia do meu aniversário.

O velho Cancioneiro.

Numa tarde de domingo, desta que parece em que o tempo pára,

um calor infernal, até o ar era pesado.

Na praça, debaixo da árvore de paina a matilha

busca na sombra um instante de refresco.

O cavalo, ainda atrelado, refuga o cansaço

da estrada.

O velho senta no canto do bar e com um gesto

é atendido de pronto pelo garoto, que parecendo

ler seus pensamentos em silencio lhe tras a cachaça.

Acende o cachimbo e com o olhar entreaberto por

causa da fumaça, ve por entre as portas a pequena

praça, aonde certamente tem muito de sua vida.

Após um gole, ainda com expressão serena balbucia

o que parecia ser uma canção, alguma coisa de uma rosa para

a morena...,

Por alguns instantes acho que só eu vi, no canto dos lábios,

um sorriso maroto, não durou mais que o suficiente, logo

seu sembrante parecia recobrar seu dia e o duro trabalho que

ainda tinha por fazer.

Ele percebeu que eu o olhava,

gentilmente gesticula a mão com o copo

me oferecendo um gole.

- toma, vai de refrescar, me oferecendo meio copo.

o cheiro de alcool tomou conta do lugar, sem como

negar, virei de uma vez só. Senti como se tivesse engolido

fogo, desceu queimando, senti uma necessidade enorme de

respirar, a garganta era pequena para os meus pulmões.

tossi feito um louco, sem tempo de me sentir constrangido.

Senti nas costas os tapas que tentavam me aliviar do tremendo

sufoco pela falta de ar.

Refeito do susto, percebi que ele ria, como quem ria pelo mundo,

caminhando em direção ao cavalo, numa destreza que não

correspondia a sua idade, montou e com um assovio pois a matilha de

pé, que sem demora tomou a frente latindo atendendo ao chamado do

seu dono.

Por vez ou outra eu tinha notícias de sua passagem por aquelas bandas

com seu cavalo e a matilha.

O dono do bar disse que ele sempre perguntava pelo garoto que certa

vez ele ofereceu um gole de pinga e que por alguns instante achou

que ia morrer de tanto tossir e saia rindo recordando da travessura

que aprontara.

Não sinto saudades de 7 lagoas!

Nas águas do tempo singro minha sina,

imagens, lembranças e saudades.

Cadê Drumond que não está aqui

para falar de minha vida?,

em poemas que transcende a alma,

e arrancam dela sua mais pura sede.

Essa sede de vida que me sufoca a ser

vivida.

Deixo para trás brincadeiras e namoros

na praça Martiniano, com meninas moças e rapazes comportados.

Prefiro o mar que me desafia,

que me prova a vida, do que lagoas, paradas, quietas, podres.

Salga minha pele, seca minha boca,

que sede de viver.

Abram as velas, que venham os ventos,

quero voar sobre as águas,

dobrar a ondas, quebrar o leme,

arrebentar as escôtas, desafiar

a vida.

Cadê o poeta para me arrancar estas

palavras que não traduzem?

Dedico estas palavras a um primo que

preferiu viver e o outro não.

Uma sucessão de seres...

Cara, coroa, dou me dando conta que a minha próxima

fase é a terceira idade, preciso correr, tenho muita coisa

ainda por fazer, vai saber o que o Heron de amanha vai

querer ser.

Quem diria?

 
Quem diria?
Que um dia o meu vizinho de muro seria um Votorantin?

Rogério, Ana e Vitor

Alguns momentos são muito especiais!

Poder retribuir aos amigos gentilezas

e atenções nos fazem sentir que a vida

vale a pena ser vivida.

Me foi muito grato poder leva-los a

passear na represa, espero que não falte

oportunidades, será que a Mariane vai

gostar?

Alguns amigos são especiais...

Caro amigo,
serei repetitivo,
mas voce sabe bem o quanto
repercute em minha vida momentos
tão especiais e tão simples como os que
voce me permitiu viver em Paraty.
Obrigado.